Recordo-me do filme e deste chavão; e recordo o tempo em que ele me fazia sonhar! As alternativas eram menos, e por isso a atenção era mais focalizada nos pormenores. Imaginava 2010 lá longe, fazia contas a idade que teria, se lá chegaria, a fazer o quê... bem aqui estou eu e aqui está o ano!
Que este seja especialmente desafiador e repleto de entusiasmo, e que juntos consigamos os tão desejados sucessos pessoais e profissionais.
Ao assunto que aqui interessa, tenho de começar o ano a dizer que as cidades têm a sua competitividade ameaçada. Depois do turbilhão no mercado financeiro, veio o turbilhão na construção, na venda imobiliária, no emprego, na saúde, na justiça, e... bem, por aqui fico na desgraça, restam poucas esperanças de que o mercado vai reagir tão rápido como caiu.
Assim, será preciso a máxima prudência e ponderação nos actos e nas acções e acima de tudo, terá de haver muita discussão pública de todos os assuntos estratégicos; mas aquela discussão com sentido crítico, e com o objectivo especifico de criar alternativas e adoptar novas posturas, novos modelos. Nada haver com a Cimeira de Copenhaga! E mesmo nessa se os lideres tivessem ido com a intenção de mudar, tinham mudado, mas como as questões do planeta não são imediatas e as gerações vindouras que se amanhem, eu não posso ceder a bem do planeta, colocando em causa o meu potencial produtivo... pensariam todos. E correcto, caso decidissem em contrário, resolviam um problema ao planeta e agravavam o desemprego, desgraça, dívidas e mais dividas; cá ao sabor do nosso vento, é uma bela pescadinha de rabo na boca.
Cidades!
O centro das atenções, todos querem lá morar e os lá moram querem de lá sair.
A cidade tornou-se numa metrópole especulativa, bem ao jeito de uma caixinha onde tudo lá dentro tem de caber; a meu ver errado. Mas o modelo está criado!
Muito brevemente, a cidade (o centro) vai perder valor, porque se torna insustentável, e a periferia voltará a ganhar importância. Os filhos da terra regressarão consequência do desemprego, voltarão a ter de se agarrar à terra para sobreviver, numa primeira fase e depois para se sustentar: é o regresso às origens. A terra vai recuperar valor, a agricultura voltará a ser a base da nossa economia.
Aprendemos muito com a experiencia de 30 anos de democracia! E há uma coisa que nunca esquecemos: somos aquilo que construímos!
Definir uma estratégia é tão importante numa família, como na gestão da coisa pública. A gestão da coisa pública, só tem duas constantes relevantes: o emprego e a gestão eficiente da energia. Sem energia somos escravos da ignorância; principalmente à noite!