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Indivíduos e território influenciam cada cidadão de maneira diferenciada e induzem-no a adoptar diversas posturas, simultaneamente condicionadas por mutações sociais, económicas e tecnológicas. A questão territorial, é então um factor de desenvolvimento humano, ao mesmo tempo é provavelmente, um dos mais significativos factores de instabilidade e conflitualidade local e global (Serrano, 2005: 69).
Temos cada vez mais presente, de que medidas que não nos servem, também não servem terceiros. No entanto, ouvidos de mercador a tudo o que se aprende nas escolas, e temos servido um cocktail explosivo. Toda a gente discute, todos têm razão, e todos os problemas continuam sem solução; na melhor das hipóteses porque assim interessa.
Dito isto, austeridade de um lado, inovação do outro; inovação em aplicar medidas de austeridade às políticas de governo, - somos guerrilheiros de uma sociedade em adaptação em que cada um de nós fica por conta proporia, isto é, conhecer os limites, apontar caminhos, perceber o alcance de uma realidade de curto prazo e agir; agir num espaço transversal de dividir as despesas a meio, meio pão, metade das lâmpadas ligadas, metade do combustível, metade de gastos com telemóvel, internet no trabalho e na escola, tv por cabo eliminar, etc. etc, etc., não podemos de facto gastar aquilo que não temos.
Teremos de nos deslocar mais a pé, de bicicleta e à boleia; é preciso fazer redes sociais pessoais, apostar muito no contacto pessoal, fazer amigo e alimentá-los, visitar a família, voltar a fazer piqueniques a céu aberto, passear na natureza e aproveitar a sua gratuitidade natural.
A inovação da austeridade, é que só funciona se nós quisermos, pelo menos naquilo em que ainda temos mão, na dignidade e no poder de decisão; o resto temos de cumprir ou viramos exemplo social, no incumprimento da austeridade.