terça-feira, 28 de dezembro de 2010
- Fim do ano e inicio do outro...
Da praça, realço dois artigos que espelham, em minha opinião aquilo a que vamos assistir ao longo de 2011, por um lado as medidas do Governo vão provocar recessão, ou seja, austeridade gera recessão e vai obrigar a medidas adicionais aquelas que já se falaram no passado, mas que ninguem quis aprofundar: adeus subsidios de ferias, adeus subsidio de Natal; cortes salariais para todos, etc...
«Economistas contactados pelo PÚBLICO estimam que podem faltar, pelo menos, mil milhões de euros, tudo dependendo da "almofada" que o OE já possui face às metas.
De onde vem esta insuficiência de recursos, depois de tanto aperto como o previsto? Vem justamente desse aperto e dos seus efeitos negativos na economia e destes, novamente, nas contas públicas. Efeitos que, a julgar pelo quadro macroeconómico oficial, o Governo não anteviu. Esses alertas foram já deixados em Novembro passado, quando a Comissão divulgou as suas previsões (bem mais negativas do que as oficiais), tendo o Governo alegado não haver necessidade de medidas adicionais.
Comece-se pelo princípio. Cortes nos vencimentos da função pública, aumentos no IRS e do IVA, congelamento de pensões, cortes em direitos sociais, entre outras medidas, redundarão numa diminuição do rendimento disponível da generalidade dos portugueses que é quem está a pagar o grosso da "factura". E os seus efeitos são óbvios - retracção da procura, queda do consumo privado, que se repercute em menor investimento e menor importação, redução da actividade, maior desemprego, tendências que acentuarão ainda mais a quebra do consumo e do investimento...» in, Publico
"Explosão" social poderá suceder à estupefação; a chegada da crise foi recebida com estupefação pelos portugueses, mas a "explosão" poderá rebentar espontaneamente ou por contágio europeu, alertam os sociólogos Boaventura Sousa Santos e António Barreto.
«A crise foi-se instalando e apanhando os portugueses de surpresa. Primeiro é a estupefação e a inação ditadas pelo medo instaurado por um passado recente sem democracia, depois é a "explosão", que rebentará espontaneamente ou por contágio europeu.
A opinião é dos sociólogos António Barreto e Boaventura Sousa Santos, que justificam a aparente calma da sociedade portuguesa, num contexto de agravamento de crise e de escalada de violência em manifestações pela Europa, com falta de tradição organizativa e excessiva dependência do Estado.
"O ano 2010 é um ano de susto, em que os portugueses foram apanhados de surpresa. Um ano de medidas de austeridade aplicadas gradualmente e que não tiveram um efeito pleno na vida dos portugueses, como tiveram em países como a Grécia, onde as medidas foram particularmente drásticas", afirmou Boaventura Sousa Santos...» in EXPRESSO
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010
- Furia do Açucar
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
- A competitividade das cidades na crise.
Com ela, a "crise" estamos a chegar ao fim do ano; com ele "com o fim do ano", normalmente agrava-se a crise. Portanto, estamos em altura de crise, e disso ninguém se esquece, pois é diariamente publicitada.
Claro que muito os há, que nem a sentem, menos dela sabem o significado... mas, a maioria vence estamos em crise, e estamos no fim do ano.
Como fazemos todos os anos, é novamente altura de reflectir, o que se fez bem, o que se fez mal, o que se podia ter feito melhor, o que não se devia ter feito e o que podemos fazer...
O que podemos fazer? Logo à partida o que podemos fazer, e aprender com a crise, e evitar riscos; os que puderem ser evitados.
Aprender significa que cada um de nós, têm nas mãos a possibilidade de lutar por objectivos próprios, não os de terceiros, os próprios, e fazer com eles a diferença.
Hoje sem duvida, que melhor que ontem, sabemos o valor de 1€ e o valor de um voto. Sabemos o peso da Democracia, e sabemos que não se deve abandonar deveres cívicos e nem deixar de exercer e lutar pelos direitos básicos. Alguns dos que estão esquecidos e estão consagrados na Nossa Constituição.
Todos nos deixamos levar, e fomos levar à crise... de uns que não de todos.
A competitividade da cidade na crise, ie, em tempos de crise, só pode ser alcançada gerando consensos e apostar na clarividência das decisões, objectivas... práticas, geradoras de riqueza; a cidade competitiva precisa de gerar emprego e gerir o dinheiro público.
Se há coisa que todos podemos fazer, é aprender com a crise; mesmo que esta nos seja imposta.
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