A última década, no Concelho de
Anadia, foi especialmente feliz no crescimento do parque de infra-estruturas
desportivas. De uma forma geral, a construção primou pelo seu carácter inovador
e de qualidade, sempre na tentativa de revolucionar, divulgar e enraizar a
prática desportiva.
A excelência que algumas destas
instalações demonstram que estamos perante alterações importantes na filosofia
de gestão deste setor. As instalações desportivas não podem ser apenas o
resultado das ideias de quem projeta, sem olhar às funcionalidades e
participação social, e muito menos podem satisfazer unicamente realizações
pessoais e promessas políticas, da mesma forma que não poderemos basear a
decisão de construção no fator assimetria, por comparação entre municípios.
A decisão de construir um novo
equipamento desportivo deve fundamentar-se em aspectos como: capacidade de dar
resposta às necessidades da população envolvente; localização estratégica; enquadramento
ambiental; e funcionalidade que irá permitir uma gestão equilibrada. Seja qual
for o modelo de gestão definido, este deve ter como finalidade a oferta do
melhor serviço ao utente, consequência da análise das características próprias
de cada município e da sua tradição desportiva que não é mais do que o estado
de graça da realidade do concelho.
É certo que o papel das autarquias não será per si, suficiente, mas será com toda a certeza o único
garante da eficácia da gestão da coisa pública, que o deverá exercer em articulação
com
os diferentes agentes desportivos existentes (cooperativa), complementando assim uma maior qualidade do segmento desportivo do concelho,
potenciando enormes benefícios para os cidadãos, praticantes de modalidades em
regime de manutenção de saúde activa ou de desempenho desportivo, nos
variadíssimos estratos competitivos.
O desporto está enraizado e faz parte dos hábitos regulares da
população em geral, quer como espectadores de actividades/espectáculos
desportivos, quer como consumidores de produtos desportivos,
apresentados como uma riqueza natural
envolvente, promovida através de iniciativas de carácter desportivo, que pela
sua importância e grandeza, podem trazer inúmeras pessoas ao nosso concelho, tanto para participar activamente como para acompanhar os atletas ou simplesmente para
assistir às provas.
E é por esta abordagem que aqui deixo,
que a gestão das instalações desportivas, sejam municipais, terão de ser vistas
além da mera gestão de merceeiro, - valida mas insuficiente.
A gestão
das instalações desportivas deve ser uma preocupação
permanente da autarquia que deve também procurar analisar
a
todo o tempo cada situação e o melhor modelo de gestão, definindo bem, a vocação, missão e objectivos de cada equipamento face à
potencial procura desportiva; a
potencialidade do equipamento em relação à sua utilização; a capacidade de gestão da estrutura orgânica e funcional da
entidade gestora do equipamento; a realidade
social e económica do meio no qual se insere o equipamento; a dinâmica e capacidade das entidades, desportivas ou não,
da zona de influência do equipamento desportivo.
A gestão de equipamentos
público-municipais, deixou à muito de ser um ato de mera de gestão entre o deve
e o haver, para ser um projecto de ambiciosa gestão de sinergias e de parcerias
em relação aberta com os diversos agentes do concelho e do plano nacional.
Project Manager and Business
[G-Insport – Gestão de Equipamentos Desportivos e de Lazer]
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