Principalmente quando são finanças publicas!
Logo cedo aprendemos o que é um NÃO; uns mais que outros sabem ao longo da vida que nunca podemso ter tudo o que queremos e que tudo o o que se quer tem um preço que podemos não estar disponiveis para o pagar.
Assim, só podemos aprender a gerir expetativas: entre o que podemos ter e o que podemos ver. Tudo é gerivel e começa em casa.
O expresso, publicou um texto da Maria Martins que considero um tema que deve estar sempre em cima da mesa: "Saiba como esticar o dinheiro até ao fim do mês" 
Como o dinheiro não é elástico, a única forma de o esticar é controlando-o. Uma especialista em educação financeira  diz-lhe como em 16 passos.
A verdadeira independência financeira só existe quando se vive de acordo com o  dinheiro que se tem. E isso consegue-se fazendo um plano de gastos mensal, "uma  fotografia rigorosa de quanto tem para gastar (rendimento) e de quando precisa  de gastar (despesa)", explica Susana Albuquerque, especialista em educação  financeira. Apenas com planeamento controlará o dinheiro e aprenderá a  distinguir "entre necessidades e desejos".
Organizar o dinheiro
Planeie o  mês. Dificilmente controla o dinheiro se não faz ideia onde o vai  gastar. Depois de fazer o seu plano, se for necessário, distribua o dinheiro por  envelopes, identificando os diferentes fins a que se destinam. Lembre-se que há  envelopes intocáveis, como os das despesas fixas, e que desviar dinheiro do  envelope do hipermercado para o das saídas à noite vai "pesar-lhe" no  estômago.
Anote todas as despesas. Literalmente todas - pois  esta é a única forma que tem de perceber onde gasta o dinheiro. "Para cumprir e  gerir bem o seu plano é essencial tomar nota de todos os gastos, desde o café  que tira na máquina da faculdade até ao que gasta numa saída com amigos", alerta  Susana Albuquerque: "Esse registo vai permitir perceber se está a cumprir o  orçamento ou não e mostrar que ajustes precisa de fazer se não o está a  cumprir." É frequente pensarmos apenas nas despesas fixas, como a renda, a  água, luz, gás e supermercado, esquecendo o dinheiro que se gasta com um pastel  de nata a meio da manhã ou uma revista todas as semanas. Depois de um mês a  anotar tudo, vai aprender a fugir dos buracos negros que lhe sugam o dinheiro de  forma impercetível.
Retire uma poupança no dia 1. "O segredo que nunca  lhe contaram sobre a poupança, é que para ser infalível, ela deve ser feita à  cabeça e não no final do mês, o que permite duas coisas, aumentar todos os meses  a reserva para imprevistos ou objetivos futuros, e gastar de forma tranquila o  que sobra, sem se sentir culpado", explica a autora do livro "Independência  Financeira para Mulheres". Nem que sejam cinco euros por mês, vai valer a  pena - o que poupa dá-lhe para um dos festivais de Verão.
Esqueça o Multibanco. Gastar dinheiro de plástico é  tão fácil como jogar Monopólio, com a diferença que as suas notas são reais. Se  tem dificuldades em gerir o orçamento, a melhor opção é andar com dinheiro no  bolso. Dito isto, se já planeou o mês, sabe exatamente quanto deve gastar por  semana. E é esse dinheiro que deve trazer consigo. Se tem um orçamento semanal  de 30 euros é fácil perceber que ficou em maus lençóis quando prolongou uma ida  ao cinema com um jantar no sushi e constatou, ao chegar a casa, que ficou apenas  com 10 euros na carteira para o resto da semana.
Compense. O desaire da noite anterior leva a outro  conselho. Se exagerou, agora terá de compensar. Não nos fica bem dizer isto, mas  talvez tenha de passar o resto da semana a comer na cantina da faculdade ou a  jantar atum com feijão-frade - mas ao menos, endireita as finanças para o resto  do mês.
Onde poupar
Informe-se sobre o material de estudo. Precisará  mesmo de comprar todos os livros? Não serão as sebentas e os exames dos anos  anteriores suficientes para conseguir boas notas nos exames? Será que não há  estudantes mais velhos a venderem livros em segunda mão? Já se informou se não  pode requisitá-los na biblioteca? Equacione todas estas opções antes de gastar  metade do orçamento em livros, que podem não ser de 1.ª necessidade.
Compre apenas o que precisa. Como sabe, os  computadores fixos são mais baratos e têm a grande vantagem de não ficarem  esquecidos na cantina da faculdade ou serem roubados no Metro. Pondere se  precisa mesmo de um portátil ou o quer apenas como troféu para exibir aos novos  colegas.
Compre o passe. Atenção aos transportes que tem de  usar para chegar à faculdade. Ao fim de uma semana de aulas já terá ideia se vai  usar apenas autocarro ou também o Metro, e quantas viagens fará, em média, por  semana - não se esqueça de contabilizar as viagens a casa daquela tia que se  propôs oferecer-lhe o jantar todas as quintas-feiras. Com base nestas  informações, veja qual o tarifário mais interessante para si.
Elimine os vícios. Cigarros ou café, qualquer deles  sai bastante dispendioso. Se a sua dose diária de nicotina e cafeína obriga a um  maço de cigarros e 3 bicas, gasta cerca de 175 euros por mês Basta deixar os  cigarros para poupar 120 euros. Já pensou no que pode fazer com 1440 euros no  final do ano?
Programe as refeições. Assim pode comprar tudo o  que precisa quando for ao supermercado e até cozinhar algumas delas apenas num  dia em que tenha mais tempo livre. E evita a tentação de comer "qualquer coisa"  fora, com a desculpa de se ter esquecido de comprar arroz ou de já ser tarde  demais para fazer o jantar.
Tome o pequeno-almoço em casa. A diferença entre  tomar a primeira refeição do dia em casa ou no café da esquina pode rondar os 50  euros. Com este dinheiro pode ir ao cinema, ao teatro e a um concerto todos os  meses!
Seja criativo. Ser jovem é inverter as regras,  certo? Então esqueça tudo o que leu sobre culinária  e decida o que  cozinhar em função dos ingredientes que tem em casa - e não o contrário. Se na  despensa há esparguete e atum, por que razão há de sair de casa para ir comprar  bacalhau demolhado para fazer à Braz?
Aproveite os cupões de desconto. Para poupar no  supermercado deve cumprir duas regras sagradas: não ir de barriga vazia e levar  uma lista de compras. Segui-las é meio caminho andado para trazer apenas o que  precisa. Só vale a pena abrir exceções se deparar com promoções verdadeiramente  fantásticas (do tipo 50% de desconto em cartão ou pague 1 e leve 2) em produtos  que realmente usa e que lhe farão falta brevemente.
Faça intervalo na TV. Talvez ainda não tenha tido  tempo para perceber, mas os universitários não têm uma grande relação com a  televisão. Entre as aulas, as horas de estudo, as conversas com os amigos, e as  saídas à noite, não conseguirá desfrutar dos 80 canais que paga mensalmente. E  se a desculpa de manter a assinatura da televisão por cabo é o telefone fixo com  chamadas grátis, ou a internet, faça bem as contas. Sai mais barato os seus pais  aderirem à sua rede ou passarem a usar o skype (e até podem ver se você está com  bom aspeto...), e passar a usar internet móvel.
Controle a água, luz e gás. Feche a torneira quando  escova os dentes e se ensaboa no banho. Utilize as máquinas da roupa e da louça  apenas com cargas completas. Apague as luzes, computador e televisão quando não  estão a ser usados. Se tiver aquecimento, desligue-o quando sai de casa e  durante a noite. Investir num edredão bem quente é mais económico e  saudável.
Guarde-se para os saldos. Começam cada vez mais  cedo e são cada vez melhores, por isso não há desculpa para não esperar para  comprar um casaco quente ou umas boas botas para o inverno. Em caso de força  maior, procure as promoções que se vão fazendo ao longo do ano.
in, Expresso a 25.SET.012: