Porque as velhas técnicas de levar pessoas a consumir o que não precisam, de forma irracional e repetidamente ainda funcionam? Garoto(a)s propaganda, Opinion Leaders, Mascotes Patrocínios e Licensing, entre outras...
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
- O desenvolvimento do empreendedorismo social como estratégia europeia
13/02/14, in OJE
Por Tiago Ferreira, Ativador da Rede IES Norte, Área de Acompanhamento do IES.
Por Tiago Ferreira, Ativador da Rede IES Norte, Área de Acompanhamento do IES.
É reconhecido que o modelo económico-social da Europa precisa de se reinventar. Precisa de alcançar crescimento, não o do passado, alicerçado no sistema financeiro, mas sim o crescimento baseado na equidade, na proteção do ambiente e no desenvolvimento das suas comunidades.
Reunidos em Estrasburgo, em 16 e 17 de janeiro, mais de dois mil empreendedores sociais, representantes de estruturas de apoio como governos centrais e municípios, de
fundações e de empresas de toda a Europa, afirmaram o Empreendedorismo e a Economia Social como um setor que deverá desempenhar um papel maior no futuro europeu.
Os empreendedores sociais, como criadores de soluções inovadoras para os problemas sociais, são parte essencial desta agenda da criação do futuro europeu, e a Europa precisa de mais empreendedores sociais.
O evento de Estrasburgo foi importante enquanto espaço de debate (oportunamente denominado "Have your say!"), networking e co-construção de propostas para o desenvolvimento do setor, num modelo de participação inovador e pioneiro na União Europeia, de onde saiu a assinatura da Declaração de Estrasburgo. Nesta declaração, encontramos um quadro de intenções que pretende assegurar o compromisso dos vários agentes com a aposta continuada no desenvolvimento do setor. Temas como o investimento social, a medição de impacto e o crescimento das iniciativas empreendedoras estiveram na agenda principal de interesse e são desafios para os próximos anos.
Portugal fez-se representar por mais de duas dezenas de participantes, que contribuíram entusiasticamente com o seu conhecimento e experiência: para além do IES, empreendedores sociais de projetos como ColorADD, Presley Ridge Portugal e SEA (Agência de Empreendedores Sociais) marcaram presença no evento, mostrando a qualidade e diversidade do ecossistema português. Podemos afirmar que, como país, estamos acima da média da união europeia, em termos de desenvolvimento do setor do Empreendedorismo. Esta é uma bela vantagem competitiva que devemos saber aproveitar.
Trata-se de uma nova economia, uma economia convergente, uma economia do "fazer com" e menos do "fazer para", uma economia em que os seus participantes se interessam com o propósito da ação e não apenas com o benefício próprio. Nesta economia, o autismo não é apenas uma disfunção do desenvolvimento, mas sim uma força competitiva empresarial (como defende o projeto Specialisterne); o daltonismo não impede uma criança de colorir corretamente ou um adulto de ser autónomo na escolha de uma combinação de roupa (como revela o projeto Coloradd); e os mais velhos são mais felizes e autónomos durante mais tempo. Esta economia é uma economia melhor, é uma economia que envolve e serve a todos, e não serve apenas à criação de riqueza para alguns.
Estrasburgo 2014 é um passo firme num caminho longo, mas não utópico. O País Basco, aqui bem perto, na vizinha Espanha, é um caso de estudo real do elevado potencial de uma aposta estratégica neste setor. Nos anos 80, esta região, partindo de elevados níveis de desemprego e PIB per capita baixo, combinou uma estratégia de reindustrialização e desenvolvimento sustentável, apostando no envolvimento da população co-construtora do seu próprio desenvolvimento, no cruzamento entre os setores público, privado e social, e na inovação e sociedade do conhecimento.
Em três décadas esta região passou a ter um dos maiores PIB per capita da Europa, equiparável a países como a Holanda ou a Áustria, sendo mesmo superior
a Espanha. Tem hoje uma taxa de desemprego em linha com a UE, que é menos 10% de que Espanha no seu todo, e é a segunda região do mundo no Índice de Desenvolvimento Humano, segundo as Nações Unidas.
O primeiro passo para a construção de um futuro, como diz o Nobel da Paz e empreendedor social Mohammad Yunus, é visualizarmos que futuro pretendemos construir. A visão europeia é promissora: uma Europa mais sustentável, responsável e inclusiva, possível através do desenvolvimento do empreendedorismo social.
Reunidos em Estrasburgo, em 16 e 17 de janeiro, mais de dois mil empreendedores sociais, representantes de estruturas de apoio como governos centrais e municípios, de
fundações e de empresas de toda a Europa, afirmaram o Empreendedorismo e a Economia Social como um setor que deverá desempenhar um papel maior no futuro europeu.
Os empreendedores sociais, como criadores de soluções inovadoras para os problemas sociais, são parte essencial desta agenda da criação do futuro europeu, e a Europa precisa de mais empreendedores sociais.
O evento de Estrasburgo foi importante enquanto espaço de debate (oportunamente denominado "Have your say!"), networking e co-construção de propostas para o desenvolvimento do setor, num modelo de participação inovador e pioneiro na União Europeia, de onde saiu a assinatura da Declaração de Estrasburgo. Nesta declaração, encontramos um quadro de intenções que pretende assegurar o compromisso dos vários agentes com a aposta continuada no desenvolvimento do setor. Temas como o investimento social, a medição de impacto e o crescimento das iniciativas empreendedoras estiveram na agenda principal de interesse e são desafios para os próximos anos.
Portugal fez-se representar por mais de duas dezenas de participantes, que contribuíram entusiasticamente com o seu conhecimento e experiência: para além do IES, empreendedores sociais de projetos como ColorADD, Presley Ridge Portugal e SEA (Agência de Empreendedores Sociais) marcaram presença no evento, mostrando a qualidade e diversidade do ecossistema português. Podemos afirmar que, como país, estamos acima da média da união europeia, em termos de desenvolvimento do setor do Empreendedorismo. Esta é uma bela vantagem competitiva que devemos saber aproveitar.
Trata-se de uma nova economia, uma economia convergente, uma economia do "fazer com" e menos do "fazer para", uma economia em que os seus participantes se interessam com o propósito da ação e não apenas com o benefício próprio. Nesta economia, o autismo não é apenas uma disfunção do desenvolvimento, mas sim uma força competitiva empresarial (como defende o projeto Specialisterne); o daltonismo não impede uma criança de colorir corretamente ou um adulto de ser autónomo na escolha de uma combinação de roupa (como revela o projeto Coloradd); e os mais velhos são mais felizes e autónomos durante mais tempo. Esta economia é uma economia melhor, é uma economia que envolve e serve a todos, e não serve apenas à criação de riqueza para alguns.
Estrasburgo 2014 é um passo firme num caminho longo, mas não utópico. O País Basco, aqui bem perto, na vizinha Espanha, é um caso de estudo real do elevado potencial de uma aposta estratégica neste setor. Nos anos 80, esta região, partindo de elevados níveis de desemprego e PIB per capita baixo, combinou uma estratégia de reindustrialização e desenvolvimento sustentável, apostando no envolvimento da população co-construtora do seu próprio desenvolvimento, no cruzamento entre os setores público, privado e social, e na inovação e sociedade do conhecimento.
Em três décadas esta região passou a ter um dos maiores PIB per capita da Europa, equiparável a países como a Holanda ou a Áustria, sendo mesmo superior
a Espanha. Tem hoje uma taxa de desemprego em linha com a UE, que é menos 10% de que Espanha no seu todo, e é a segunda região do mundo no Índice de Desenvolvimento Humano, segundo as Nações Unidas.
O primeiro passo para a construção de um futuro, como diz o Nobel da Paz e empreendedor social Mohammad Yunus, é visualizarmos que futuro pretendemos construir. A visão europeia é promissora: uma Europa mais sustentável, responsável e inclusiva, possível através do desenvolvimento do empreendedorismo social.
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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
- “A capacidade de inovação das PME está nas pessoas e não nos serviços, produtos ou processos”
Nuno Cochicho, district manager Norte Randstad, não tem dúvidas: uma empresa, independentemente da sua dimensão, sem departamento de Recursos Humanos, é o mesmo que um navio sem salva-vidas.
Como analisa a importância dos recursos humanos na capacidade de inovação das pequena e médias empresas?
Em Portugal, as Pequenas e Médias Empresas (PME) representam 99,9% do tecido empresarial nacional, sendo responsáveis por 82% do emprego e por 67,8% da produção nacional. Em números absolutos, existem cerca de 848 000 PME em Portugal, responsáveis pelo emprego de cerca de 2 676 000 pessoas e por cerca de 47 000 milhões de euros da produção nacional (dados Eurostat).
Os Recursos Humanos (RH) são fundamentais para que as empresas possam crescer de forma sustentada, dado que, a partir da estratégia definida pela administração, o departamento de RH deve motivar e dar condições para que os colaboradores possam procurar os resultados ambicionados. Assume especial importância as administrações das empresas terem, nos RH, um aliado que dará o suporte necessário no crescimento da empresa. Aquilo a que assistimos frequentemente nas PME é um negligenciar da importância dos RH enquanto ator atuante e organizado para mediar as relações, compartilhar informações, criar padrões de trabalho e acompanhar a sua evolução. Um erro comum verifica-se quando se tenta implementar nas PME modelos formatados que tiveram sucesso em grandes organizações. Para que os RH possam ser uma mais-valia para uma PME, é fundamental que variáveis como a cultura, o setor de atividade, entre outros, sejam tidas em conta, pois os RH têm que fazer parte do ADN da empresa e não algo que é adaptado de uma realidade distinta.
Em que medida os RH contribuem para aumentar a capacidade de inovação das PME?
Numa PME, a proximidade das pessoas pode ser um fator diferenciador e até competitivo, pois uma equipa próxima tende a ficar mais forte e comprometida. Quando se tem uma equipa menor, os RH conseguem desenhar planos de carreira e desafios tendo em conta o perfil e aptidão de cada colaborador, sempre alinhado às metas das empresas e acompanhar de perto o desenvolvimento do mesmo.
Assume especial importância que as PME não se aproveitem da sua dimensão ou segmento de atuação para oferecer aos seus colaboradores salários baixos, pois, independentemente do tamanho de uma organização, a mesma deve ambicionar ter os melhores profissionais.
Infelizmente, grande parte das PME em Portugal não dispõem de um departamento RH, pelo que é fundamental sensibilizar para a importância dos RH no crescimento e desenvolvimento das organizações.
A gestão de pessoas no cenário que nós encontramos é fundamental para a sustentabilidade de qualquer negócio, pois a implementação dos processos de RH terão impacto direto na produtividade, satisfação e motivação dos colaboradores. Tendo em conta que este processo demora a ser implementado, é importante que os líderes das PME tenham em conta que, independentemente da sua dimensão, não ter um departamento de RH é o mesmo que um navio não ter salva-vidas, até porque a capacidade de inovação das PME está nas pessoas, e não nos serviços, produtos ou processos.
Como analisa a importância dos recursos humanos na capacidade de inovação das pequena e médias empresas?
Em Portugal, as Pequenas e Médias Empresas (PME) representam 99,9% do tecido empresarial nacional, sendo responsáveis por 82% do emprego e por 67,8% da produção nacional. Em números absolutos, existem cerca de 848 000 PME em Portugal, responsáveis pelo emprego de cerca de 2 676 000 pessoas e por cerca de 47 000 milhões de euros da produção nacional (dados Eurostat).
Os Recursos Humanos (RH) são fundamentais para que as empresas possam crescer de forma sustentada, dado que, a partir da estratégia definida pela administração, o departamento de RH deve motivar e dar condições para que os colaboradores possam procurar os resultados ambicionados. Assume especial importância as administrações das empresas terem, nos RH, um aliado que dará o suporte necessário no crescimento da empresa. Aquilo a que assistimos frequentemente nas PME é um negligenciar da importância dos RH enquanto ator atuante e organizado para mediar as relações, compartilhar informações, criar padrões de trabalho e acompanhar a sua evolução. Um erro comum verifica-se quando se tenta implementar nas PME modelos formatados que tiveram sucesso em grandes organizações. Para que os RH possam ser uma mais-valia para uma PME, é fundamental que variáveis como a cultura, o setor de atividade, entre outros, sejam tidas em conta, pois os RH têm que fazer parte do ADN da empresa e não algo que é adaptado de uma realidade distinta.
Em que medida os RH contribuem para aumentar a capacidade de inovação das PME?
Numa PME, a proximidade das pessoas pode ser um fator diferenciador e até competitivo, pois uma equipa próxima tende a ficar mais forte e comprometida. Quando se tem uma equipa menor, os RH conseguem desenhar planos de carreira e desafios tendo em conta o perfil e aptidão de cada colaborador, sempre alinhado às metas das empresas e acompanhar de perto o desenvolvimento do mesmo.
Assume especial importância que as PME não se aproveitem da sua dimensão ou segmento de atuação para oferecer aos seus colaboradores salários baixos, pois, independentemente do tamanho de uma organização, a mesma deve ambicionar ter os melhores profissionais.
Infelizmente, grande parte das PME em Portugal não dispõem de um departamento RH, pelo que é fundamental sensibilizar para a importância dos RH no crescimento e desenvolvimento das organizações.
A gestão de pessoas no cenário que nós encontramos é fundamental para a sustentabilidade de qualquer negócio, pois a implementação dos processos de RH terão impacto direto na produtividade, satisfação e motivação dos colaboradores. Tendo em conta que este processo demora a ser implementado, é importante que os líderes das PME tenham em conta que, independentemente da sua dimensão, não ter um departamento de RH é o mesmo que um navio não ter salva-vidas, até porque a capacidade de inovação das PME está nas pessoas, e não nos serviços, produtos ou processos.
in, 29/11/13 OJE
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