quarta-feira, 9 de setembro de 2009

- A mobilidade como factor estratégico.

A cidade de Anadia apresenta um forte potencial para se afirmar como motor de desenvolvimento nas diferentes vertentes estratégicas, assumindo já hoje, uma responsabilidade crescente na promoção de Região Centro, não só por estar integrada no 3.º distrito do pais, mas também pela sua capacidade de inovar e de lançar projectos pioneiros que permitem uma afirmação nacional e internacional, como acontece por exemplo, com a criação/dinamização da Rota da Bairrada.
Anadia desenvolve-se como uma cidade polarizadora, na base de um desenvolvimento estratégico, apostada no desporto (tirando partido, agora mais que nunca, do Velódromo Nacional), na gastronomia e claro, no vinho e na vinha.
A afirmação de uma cidade enquanto pólo de desenvolvimento económico faz-se principalmente, combinando dois factores de referencial de localização que se influenciam mutuamente: as pessoas e investimento.
Se, por um lado, se a existência de capital humano de qualidade, - pessoas com formação adequada, em áreas estratégicas da actividade económica e com espírito empreendedor, são um factor de atracção de investimento, por outro, o investimento (publico) em mobilidade, é um factor de atracção desse mesmo capital humano, objectivando maior propensão para viver em áreas que lhes permitam desenvolver uma actividade profissional compatível com a sua formação.
Mobilidade, acessibilidade e transportes são, igualmente, dos principais vectores estratégicos de uma área urbana, afectando modo transversal, diversas dimensões da sua competitividade: empreendorismo, atracção de investimento e capital humano.
Para Anadia se afirmar como a cidade polarizadora, é essencial melhorar os seus acessos (e a dois níveis): os fluxos desenvolvidos dentro da área urbana e o conjunto de cidade (freguesias inclusive); e os fluxos cidade/municípios vizinhos, através de sinergias de transportes (caminhos de ferro e rede de expressos, por exemplo).
Anadia, cidade mobilizada, constituirá um investimento estrutural, que além de a projectar como pólo de acessibilidades, favorecerá a localização de novas empresas, minimizando as distâncias aos grandes centros de decisão e projectando a cidade na região, ao nível competitivo nacional.
Maior mobilidade, significa também dizer, maior incentivo à formação, maior procura de actividades culturais e de momentos de lazer, melhorando substancialmente a qualidade de vida das populações.
As questões da Mobilidade são por isto tudo, transversais ao nível do planeamento e deverão estar na primeira linha no contexto de decisão, tanto ao nível dos transportes, espaços públicos, edifícios, equipamentos e ambiente urbano, fazendo depender delas os processos de negócios, as transacções de serviços, pagamentos e todas uma série de relações multidisciplinares entre Estado, cidadãos, e o sector empresarial.
Mobilidade precisa-se! Anadia Agradece! E, Sangalhos agradece.
[publicado no JB, de 10.SET.09]
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