Recentemente, com a apresentação da minha Tese de Mestrado à Universidade de Aveiro sobre este tema, resultou uma enorme expectativa em promover um debate alargado sobre a competitividade das cidades, alguns efeitos e condicionantes de espaço e ambiente, de grandeza, como o número de habitantes, estruturas implementadas, mobilidade, transportes, múltiplos aspectos culturais e sociais e um factor que mesmo em tempos de crise deve ser pensado e acautelado, o emprego.
As cidades são cada vez menos isoladas, e cada vez mais estratégicas e quando aqui apresento o conceito competitividade, faço-o num imperativo global de recurso à Inovação (a mesma que poderá promover a diversidade necessária à sobrevivência e distinção das cidades), num contexto de atracção e fidelização de publico a um processo de negócio/social também estrategico e sustentado.
Significa que ser competitivo, promovendo um desenvolvimento económico equilibrado de um ou mais territórios, cria uma dependencia directa em factores decisivos do quotidiano, como os recursos à Investigação & Desenvolvimento, à formação activa e à empregabilidade; factores que potenciam e dinamizam as relações inter-regionais, apostadas na diversificação da oferta, tanto de serviços de qualidade, como de novos produtos, e que no conjunto elevam a qualidade de vida das pessoas nas cidades.
As mesmas cidades que podem competir entre si, complementando-se e alargando conceitos, desde a atracção de investimento, até à fixação de pessoas, passando, pela mobilidade sazonal de pessoas e bens e de trocas culturais, sociais e desportivas.
O emprego, passa deste modo, a ocupar um patamar de relevancia para extrema relevancia, na medida em que se assume como factor potenciador do processo de decisão, isto é, - futuramente teremos as pessoas em idade produtiva empregadas e isto é um desafio enorme, quando falamos em dinâmicas territoriais, presentes em todas as decsiões, todas! E não só na geração Obama… equacionar factores de empregabilidade, ultrapassa os factores de diversão e ocupação de tempos livres e de mobilidade; e embora continuem a ser necessários à promoção de um cresimento equilibrado da sociedade, invertem-se agora a ordem de prioridades.
Recorrendo a indicadores regionais, disponibilizados por entidades acreditadas no nosso sistema político e económico, em conjunto com as melhores praticas nacionais e europeias, comparámos de forma sistémica valores que colocam a cidade de Anadia (contexto Baixo Vouga), num patamar de destaque no panorama nacional, que em muito se traduz no desenvolvimento de cluster's importantes, como o Vinho e a Cerâmica, e actualmente em desenvolvimento estrutural (com um futuro promissor), um cluster desportivo, na area dos veiculos de duas rodas.
Ganhar vantagem competitiva, apostado num saber-fazer adquirido em decadas de conhecimento, passa a ser outro desafio que encontra um ambiente favorável no contexto de zonas industriais actuais, e zonas industriais de nova geração, onde a promoção e a troca de conhecimentos se baseiam na relação tripartida, potenciada entre a decsião politica, as universidades e as empresas.
E é nesta perspectiva, que surgirão futuramente as redes intermunicipais de contexto genérico, apostadas na construção de uma nova dimensão económica para o concelho de Anadia, centradas nos vários desafios expostos, e sem duvida, na criação de emprego.
Serão as pessoas empregadas, o objecto e a centralidade da vida em comunidade, onde a repartição da riqueza não encontra outra tábua de equidade e justiça, a não ser numa elevada taxa de empregabilidade; - e todos têm lugar e todos os trabalhos são de mérito: saibamos pois valorizar as mulheres e os homens que varrem os lixos nas ruas, e aqueles que pensam, estudam e promovem politicas e dinâmicas territoriais. São todos MULHERES e HOMENS!