Os países que ambicionam competir e vencer na economia global e baseada na circulação de informação e na valorização do conhecimento, têm de fazer escolhas. Escolher é a essência da estratégia. Com o Plano Tecnológico, Portugal fez a sua escolha.
Sabemos o que queremos e o que não queremos. Não queremos competir no mercado dos bens e serviços massificados e indiferenciados com base no custo dos factores e não podemos ainda competir no mercado global, exclusivamente com base nas qualificações e nas competências.
Por isso escolhemos a inovação, a criatividade e a capacidade empreendedora, como base para a recombinação, a modernização e o aumento da competitividade da economia portuguesa.
Sabemos que não é uma escolha fácil. Temos, no entanto, a força da convicção e a determinação necessária para remover obstáculos e atingir objectivos. A filosofia é clara. Queremos ajudar os empreendedores e os inovadores a chegarem bem preparados ao julgamento do mercado.
O European Venture Summit que decorreu em Lisboa em 4 e 5 de Dezembro juntando meio milhar de empreendedores e cerca de 150 fundos de investimento, constituiu uma excelente oportunidade de promover de forma sistemática os projectos inovadores desenvolvidos em Portugal.
Esta é uma prática que queremos que se repita sempre que o volume de projectos identificados o justifique.
Estamos a concretizar uma agenda de acção concreta no domínio das políticas de apoio e suporte à inovação. Ouvido o Conselho Consultivo do Plano Tecnológico, o Governo está a ultimar um novo modelo de governação do Sistema Nacional de Inovação, incluindo a criação de um Conselho Nacional de Inovação e de um Fundo de Inovação combinando recursos públicos e privados.
Está também a dinamizar uma matriz de redes de inovação, juntando pólos locais, regionais e pólos nacionais de tecnologia e competitividade certificados e com vocação internacional, para reforçar a ligação entre os centros de competências e as empresas e desenvolver plataformas competitivas agressivas, capazes de concorrer no mercado global.
Fizemos escolhas e estamos a caminhar determinadamente para as concretizar.
A chave do sucesso na economia global é a capacidade de empreender, criar riqueza, inovar nos processos, nas atitudes, nos produtos e nos conceitos.
As escolhas feitas marcarão também o novo ciclo da Agenda de Lisboa, no desenho do qual a Presidência Portuguesa da União Europeia no 2º semestre de 2007 terá uma palavra a dizer. Uma palavra reforçada pela força da prática e da experiência adquirida na modernização da sociedade portuguesa.
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