terça-feira, 30 de janeiro de 2007

- Alterações no clima, vão alterar a competitividade das cidades

O cenário traçado pelos cientistas reunidos em Paris é pessimista. Para alguns países, as consequências do aumento das temperaturas podem ser terríveis. Os peritos temem que o nível das águas do mar possa subir, nos próximos 25 anos, quase 90 centímetros. Se isso vier a acontecer, a Indonésia, por exemplo, poderá perder mais de 2 mil das suas pequenas e paradisíacas ilhas. E o cenário global, se nada for feito, é de cada vez mais vagas de calor, seca e cheias.
Sob o alto patrocínio das Nações Unidas, os 500 especialistas do Grupo Intergovernamental sobre a Evolução do Clima (Giec) vão tentar chegar, em Paris, a um relatório final com uma posição comum onde se apontem caminhos e soluções para o problema do aquecimento do planeta.

Nos últimos anos a Terra atingiu as temperaturas mais altas alguma vez registadas e os peritos prevêem que a situação piore se não se tomarem medidas drásticas.

"Esperamos convencer as pessoas de que as alterações climáticas são reais, de que a responsabilidade dessas acções é nossa e de que temos realmente de alterar a nossa forma de estar", alerta o especialista Keneth Denman.

O grupo de trabalho deverá ter um relatório pronto na próxima sexta-feira mas, para que esse texto possa ser adoptado pela ONU e sirva de base para as negociações do novo acordo mundial sobre o clima, a realizar em 2012, terá que ser ratificado por mais de 190 países.

Perante a evidência de que as temperaturas estão a aumentar, que os gelos derretem, que há cada vez menos neve e que aumenta o nível das águas do mar em todo o mundo, os cientistas apontam o dedo às emissões de dióxido de carbono e de metano.

Como resolver o problema de uma forma economicamente viável e que não ponha um travão ao progresso da humanidade é o grande desafio para os líderes mundiais.

Fonte: SIC EXPRESSO, em 30 JAN 2007

1 comentário:

Anónimo disse...

É um texto preocupante, na medida em que aquilo a que temos assitido, releva-nos pelo menos a pensar.
Zonas onde o sol, sempre foi argumento de ocmpetitividade deixa de o ser, ou deixa de ser uma constante.
A proposito disto, vejamos o que aconteceu com paises onde era costume nevar, e consequentemente terem as estancias de ski lotadas, permaneciam até à bem pouco tempo, sem neve, e sem turistas.
Até no reino animal se verificavam, alterações profundas, em que a ausencia de frio, provocava nos ursos polares, uma forte tendencia para não invernar... ou seja, é preocupante, do ponto de vista ambiental, e economico é-o também certamente.
É caso para dizer, mudam-se os tempos, mudam-se os factores de competitividade.