Não chega inovar na economia. Uma sociedade desenvolvida tem que apostar na intersecção das inovações económicas com as inovações sociais.
O grande desenvolvimento que os estudos de inovação conheceram nas últimas décadas permitiu chegar a um melhor entendimento sobre o desempenho das economias. No entanto, nas análises efectuadas, subsistem algumas limitações. Em primeiro lugar, a preocupação excessiva com as empresas capitalistas implicou que tivessem sido, apenas, consideradas as inovações orientadas directa ou indirectamente para o mercado. Isto significa que outras formas organizacionais, como as cooperativas ou as associações, ficaram de fora. Em segundo lugar, a atenção quase exclusiva no sistema de produção fez esquecer a importância da dimensão social. É certo que, cada vez mais, parece haver uma preocupação com a coesão social horizontal, como é o caso de alguns estudos sobre o capital social, ou mesmo com a coesão social vertical, quando se relaciona a desigualdade de rendimentos com a actividade inovadora. Não obstante, a questão social é apenas analisada como efeito perverso do processo de inovação ou, então, como uma condição determinante para o desenvolvimento económico. Assim, o conceito de inovação situa-se no domínio estrito do económico, sem lugar para a inovação social. Porém, como afi rmava Peter Drucker, os seus efeitos são bem mais dramáticos e decisivos do que as inovações tecnológicas. [ler +]
quarta-feira, 2 de maio de 2007
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2 comentários:
Inovar, é um termo bonito, fica bem aplicado em qualquer texto, mas falta saber como se faz, - porque acho que para inovar é preciso ter dinheiro; uma cidade que inova é porque tem recursos para o fazer, caso contrário não inova, gere o que tem...
Inovar na economia é facil, tratar-se de arranjar esquemas para pessoas adquirirem aquilo que não precisam, - e nesta area portugal já dá cartas... por isso é que a população é cada vez mais pobre e endividada!
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